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Empresas investem em IA para impulsionar transformação digital, mas esbarram na escassez de profissionais capacitados

O uso da inteligência artificial (IA) pelas empresas é um movimento crescente no mundo inteiro. Com sua capacidade de processar grandes volumes de informações de maneira ágil e precisa, a IA fornece às empresas dados que podem aprimorar a eficiência operacional. De acordo com um recente estudo de mercado realizado pela IBM, cerca de 41% das empresas brasileiras estão ativamente implementando essa tecnologia em suas operações. Um outro levantamento, realizado pela consultoria Deloitte, revela que 70% das empresas no Brasil planejam realizar investimentos em IA no ano de 2023. 

Com foco em impulsionar a transformação digital, as companhias têm esbarrado em um desafio na hora da contratação: a escassez de talentos e habilidades necessárias para atuar na área. A Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais calcula que em cinco anos serão criados quase 800 mil novos postos, mas o Brasil forma pouco mais de 53 mil profissionais de tecnologia por ano, o que deve abrir um déficit de 532 mil pessoas para trabalhar no setor. 

O cenário tem levado algumas empresas a priorizarem o investimento na capacitação de talentos para atuarem neste setor. É o caso da DM, empresa de produtos e serviços financeiros com foco em concessão de crédito. Desde 2021, eles realizam uma parceria com um professor da Singularity University, faculdade que fica dentro de uma base de pesquisa da Nasa, no Vale do Silício (EUA). “Nós fizemos um processo seletivo para estagiários da área de tecnologia e chamamos o Alexandre Nascimento, que também é pesquisador da Universidade de Stanford, para repassar todo o seu conhecimento, desde o básico até os fundamentos da IA, usando alguns problemas que a gente tinha dentro da empresa como case para eles encontrarem soluções”, revela Carlos Barbieri, Gerente de Dados da DM.

Robô facilitador

Os novos talentos da DM começaram a desenvolver um robô para facilitar a rotina dos colaboradores do SAC no atendimento aos clientes. Ao ter que procurar em um documento em formato PDF de 50 páginas uma cláusula específica, por exemplo, o tempo para enviar uma resposta ao cliente pode ser demorado. “O nosso SAC tem de lidar com um alto volume de dados para conseguir resolver todas as dúvidas dos clientes e isso leva um tempo. A proposta do robô é usar a IA para encontrar a informação que o cliente precisa sem ter que procurá-la em diversos documentos diferentes. Funciona como um Chat GPT, mas as respostas são todas relacionadas à DM”, explica Barbieri.

Atualmente em fase de testes, a expectativa é de que a ferramenta seja implementada na empresa até o final do ano. “Essa é a minha primeira experiência com IA e ter contado com a mentoria de um professor que é especialista no assunto, fez toda a diferença. Estamos conseguindo mostrar através de exemplos práticos a importância da tecnologia dentro de uma empresa para melhorar sua operação”, diz  Augusto Viera Favi, que foi estagiário da DM e agora atua como analista de dados na empresa. Responsável pelo setor, Barbieri também acredita que cada vez mais o investimento em tecnologia está sendo visto como algo imprescindível dentro das companhias. “Antes, esse era um setor que costumava ficar em segundo plano. Os gestores enxergavam como algo que precisava existir, mas não era prioridade. Hoje, é um dos pilares em diversas companhias, inclusive na DM – estamos expandindo nossos horizontes tecnológicos”, relata.

Outro ponto importante destacado por Barbieri é o aculturamento sobre tecnologia dentro das empresas: algumas pessoas ainda se sentem receosas em utilizá-las para otimizar o trabalho – na DM, como o robô citado anteriormente lida com documentos que contém dados importantes, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) orienta esse compartilhamento de informações, dando mais segurança aos processos. “É necessário frisar que a IA veio para otimizar as operações, lado a lado com a missão e os valores da empresa”, pontua o executivo. 

Ainda que existam desafios, a importância da IA vem se tornando mais evidente e as empresas estão correndo para aproveitar as possibilidades oferecidas por essa tecnologia promissora. “Que ela veio para ficar, não há dúvidas: agora resta ao mercado se adequar às possibilidades da IA”, finaliza Carlos Barbieri. 

Sobre a DM

Fundada em 2002, a DM se consolidou no mercado como a maior administradora de cartões de loja (private label) de supermercado. Hoje é uma prestadora de serviços financeiros, com foco na democratização do acesso ao crédito no Brasil. Por meio dos cartões private label, a empresa possui 1.150 parceiros varejistas por todo Brasil e mais de 12,5 milhões de cartões emitidos. Além disso, conta também com cartões de crédito com bandeira Mastercard, o aplicativo DM App para gestão de cartões e da conta digital, oferta de microcrédito, dentre outros serviços e produtos.

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