Com acesso direto à BR–381 (rodovia Fernão Dias) e a apenas quatro quilômetros da Fiat e a seis da Petrobras, o Parque Industrial Logístico Joseph Bacha, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, inaugurado em 30 de setembro, tem volume de investimento estimado em R$ 1 bilhão e já atrai negócios. Dos 102 lotes disponíveis, 29 já foram vendidos. E a expectativa é comercializar, no mínimo, outros 21 até o fim do ano, afirma Marcos Bacha, diretor presidente da Jab Empreendimentos, responsável pelo empreendimento ao lado do Grupo Concreto.
“A gente tem hoje, provavelmente, o parque industrial logístico mais interconectado do Estado. Talvez, até do Brasil. É difícil achar um parque que tenha o número de acessos diretos que a gente tem”, destaca.
Instalado entre os bairros São João e Santa Cruz, o parque industrial conta com uma área urbanística de 847 mil m² e oferece lotes a partir de 2.500 m². Ele tem entrada e saída por túnel, marginais com acesso direto à rodovia e alça de contorno de Betim, além de localização estratégica em relação ao futuro Rodoanel e ao Aeroporto de Betim. As vias internas do empreendimento têm 30 m de largura.
Marcos Bacha aponta um volume de investimento estimado em R$ 1 bilhão em geração de valores para o município de Betim, dividido entre as obras realizadas pela Jab e o Grupo Concreto, pelas vendas em si e por uma esperada expansão imobiliária na região.
“A intenção é sempre trabalhar para venda direta para o cliente final, ou seja, para que aquela pessoa implante a sua empresa naquele local”, explica Marcos Bacha. O empresário estima a geração de cerca de 600 a 700 empregos diretos. “Isso, sem contar os colaboradores que serão contratados para fazer as próprias estruturas físicas dessas empresas”, detalha. Ele calcula que cada empresa, com um padrão de galpão de 3.000 m², deve empregar uma média de 30 a 40 funcionários.
Além da geração de postos de trabalho, Marcos Bacha acredita que o empreendimento é um ganho social para a comunidade de Betim pela interconectividade criada entre os bairros São João e PTB, eliminando a BR–381 da rota.
O parque industrial espera, agora, um documento da Arteris, concessionária responsável pela BR–381, para abrir a passagem do túnel de maneira definitiva. A previsão é de que isso ocorra dentro de 20 dias.
Infraestrutura diferenciada já atrai empreendimentos
Mesmo antes do lançamento oficial do Parque Industrial Logístico Joseph Bacha, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, os responsáveis pelo empreendimento já tinham vendido 25 lotes com tamanho médio de 6.000 m². Para se ter uma ideia do potencial do negócio, o Valor Global de Vendas (VGV) – indicador utilizado para mensurar a capacidade de gerar receita de uma empresa – é de R$ 480 milhões, sendo R$ 120 milhões somente este ano. Já o Valor Líquido Presente (VPL), que avalia a viabilidade de um projeto, fica entre R$ 70 milhões e R$ 80 milhões.
Duas propostas no conceito norte-americano “Built to Suit” (“BTS”), o chamado “construído sob medida”, também estão sendo analisadas. “Só essas duas propostas gerariam um telhado (galpão) na casa dos 30 mil metros quadrados. Isso geraria um investimento de cerca de R$ 60 milhões”, revela o diretor presidente da Jab Empreendimentos, Marcos Bacha.
Nesse modelo, que de acordo com ele vem se tornando referência entre os empresários que buscam redução de custos, estabelece-se um contrato entre as partes no qual o “inquilino” pode solicitar a construção que seja a mais adequada para o funcionamento da sua empresa, com os gastos diluídos ao longo de dez ou 20 anos.
As opções de lotes de 2.900 m² a 165.000 m² são customizáveis para atender diferentes tipos de demandas e clientes, desde locações simples até BTSs de padrão internacional. Já há sistemas de água e esgoto da Copasa, além de combate a incêndio e rede elétrica aprovados pela Cemig.
O diretor de vendas do empreendimento, Rodrigo Borella, destaca que o parque é o único na região com capacidade para atender e receber desde pequenas até grandes indústrias e logísticas.
“Sem dúvida, além da infraestrutura diferenciada, o parque logístico conta com o diferencial de uma localização estratégica, com conexão não só para a rodovia Fernão Dias, mas com a BR–262, com a Via Expressa e com o futuro Rodoanel, que passará nos fundos do empreendimento”, afirma.
Outra informação relevante diz respeito ao Aeródromo de Betim. “A avenida principal do empreendimento será passagem e principal via de acesso ao futuro empreendimento”, conta Rodrigo Borella.
A previsão de implantação das empresas no parque é de uma média de dois anos, visto ser necessária a aprovação de uma série de projetos. “A Prefeitura de Betim é, de fato, uma das mais dinâmicas nessa aprovação de empreendimentos imobiliários. Para se ter uma ideia, em Nova Lima e Belo Horizonte leva um tempo aproximado de 12 meses. Em Betim é de quatro a seis meses”, considera Marcos Bacha.
História do parque começou há 15 anos
A história do Parque Industrial Logístico Joseph Bacha, em Betim, começa com os fundadores das empresas Jab Empreendimentos e Grupo Concreto, Joseph Bacha e Miguel Safar, respectivamente. “Há 15 anos, eles olharam aquela área e viram imenso potencial para a região”, conta o diretor presidente da Jab Empreendimentos, Marcos Bacha.
Segundo ele, em um primeiro momento, a região, que antes abrigava uma fazenda, tinha sido pensada para um projeto de desenvolvimento urbano. “Chegou-se a pensar em edificações de média e baixa renda”, lembra o executivo.
Marcos Bacha revela que, ao longo dos anos, as diretrizes municipais foram de fato se solidificando e demonstrando que fazia muito sentido um bairro industrial na região.
“E aí, veio o prefeito Vittorio Medioli (sem partido), com o seu conceito de empreendedorismo, de desenvolvimento para o município, e definiu que aquela seria a via de acesso direto para o aeródromo, o que nos traz grande alegria e honra”, finaliza Marcos Bacha.